sábado, 14 de fevereiro de 2009

Auto estima da criança




Ricardo Regidor e Elena López
Os primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais à hora de adquirir segurança em si própria, de aprender a autovalorizar-se e superar-se em cada desafio.
Do mesmo modo, a atitude dos pais e a valorização que realizem sobre seu filho e seus atos têm um papel transcendental neste êxito já que são, precisamente eles, o espelho único em que a criança se olha para formar sua própria auto-estima.
OLHANDO EM UM ESPELHO
Ainda que pareça mentira, o que uma criança pensa de si própria depende em grande medida do que os demais - que são seu espelho - pensam dela. Assim se o reflexo que capta é negativo, terá uma imagem negativa de si própria. Pelo contrário, se os reflexos que contempla são positivos, sua auto-estima será alta.
A etapa em que a criança começa a formar sua auto-estima costuma coincidir no tempo com a do desenvolvimento básico de suas faculdades. E tem mais, o nível que alcancem tais faculdades dependerá, em grande medida, da auto-estima alcançada pelo pequeno até esse momento.
Isto é, apenas se ela se considera capaz, poderá sair vitoriosa na luta que dia a dia lhe irá impondo seu próprio desenvolvimento: hoje pronunciar bem esta palavra, amanhã os problemas de matemática...
E é que, ainda que tenha um coeficiente de inteligência superior ao normal, se a criança não tem fé em si, o mais provável é que termine adotando posturas catastróficas, covardes, que lhe conduzam ao fracasso, não apenas na infância mas, provavelmente, também ao longo e sua vida.
ADEUS ÀS ETIQUETAS
O primeiro passo em sua educação deve ser, portanto, ajudar-lhe a cimentar as bases para que tenha uma imagem positiva de si própria. Assim antes de ensinar-lhe a fazer algo, é preciso que convence-la de que é capaz de aprender e de fazer as coisas bem.
Do mesmo modo, é preciso evitar essas "típicas" etiquetas e rótulos que se costumam pendurar nas crianças, e que poderiam chegar a converter-se em sua forca, sobretudo porque logo são bastante difíceis de retirar. Se desde que começa a entender as coisas - muito antes do que se costuma pensar - a criança se identifica com certos apelativos como astuto, bobalhão, burro, etc., crescerá acreditando firmemente que é muito astuto, bobalhão, burro...
Outro bom propósito para os pais é que se proponham, ao repreender-lhe, separar sempre a má ação do como é realmente a criança. Uma coisa é fazer-lhe ver que se comportou mal, que o que fez não está certo, e outra bem diferente, assegurar que é uma criança má.

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